quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O parque


Se você pudesse voltar ao tempo, talvez na época de sua infância, em qual lugar você escoheria estar?
Se eu pudesse, escolheria voltar ao anos 40, na época de minhas férias, quando eu ia todo final de semana ao parque.
De dia ele sempre estava fechado, as luzes do sol não permitiam que ele ficasse bonito. Lá fora só existiam alguns brinquedos, sem cor e sem luzes ofuscantes. Os cavalos de acrílico estavam presos por um metal que não se movia. A maioria dos objetos estavam presos embaixo de expessas lonas.
Logo pelas sete horas da noite, o tempo começava a mudar, o céu mudava logo para uma cor morta. As estrelas iam surgindo para dar unovamente vida à noite, mas o principal componente já estava carimbado bem ao meio do céu, a lua. Brilhante, espaçosa e bonita.
Do lado do meu míudo corpo, estava minha mãe, ela segurava firmemente minha mão, mesmo assim me proporcionando um leve carinho. Toda aquela proteção era para eu atravessar a rua com segurança e para talvez eu não sair correndo em direção aos brinquedos.
Eu contava os segundos enquanto aproximava-me do parque.
Ele estava completamente coberto de luzes coloridas! Desde os tons mais vivos até os mais brilhantes e claros, um parque de diversões de verdade.
Minha mãe encontrava suas amigas, me dava o dinheiro e deixava-me solta por aquele parque tão imenso, mas sempre marcando uma hora e um lugar de encontro para irmos embora.
Aquela era a hora em que me esquecia de tudo, aquela sensação era tão boa. Eu me sentia viva e totalmente livre. Meus cabelos estavam aos ventos e eu aposto que estava com meus olhos semicerrados e meu rosto com uma feição feliz. Eu simplesmente amava o carrossel, era meu brinquedo favorito.
Depois eu saía, um pouco zonza, abria um pequeno sorriso e corria apressada para o carrinho de algodão doce, como se o tempo estivesse acabando. Peguei o palito e deliciei com aquele açucar tão apetitoso e macio.
Horas passavam-se, e logo eu ia par ao centro do parque encontrar minha mamãe. Agarrava sua mão quente e alva, ouvia um pouco de sua conversa e caminhavamos para fora daquele parque.
A noite agora estava escura, com um frio suportável; logo entrava em minha casa, vestia meu pijama e, antes de ir para a cama, me acomodava ao lado da janela para observar o resto da noite, as luzes apagando-se e o parque perdendo sua vida de novo.

Obs: Isso foi uma prova de escola, então, o tema é o do começo do texto.

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